Em Jacareacanga está em execução uma ação arrojada
de governo que vem trazendo retorno ao povo Munduruku do alto Tapajós que é o Projeto
Farinha Munduruku elaborado por técnicos da Secretaria Municipal de Assuntos
Indígenas-SEMAI, e Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará-EMATER/Jacareacanga.
Secretário
reuni no sábado com vereadores e membros da Associação Pusuru para
apresentar modelo de prensa a ser confeccionada nas aldeias produtoras
da farinha de mandioca com o apoio e mão de obra dos indígenas.
Indígenas Munduruku confeccionando a prensa idealizada pela SEMAI
Valorização da mão de obra local
O prefeito Raulien Queiroz que é servidor da Funai
há mais de 30 anos, quando assumiu pela segunda vez a prefeitura de
Jacareacanga em 2009, planejou implantar uma política pública que desatrelasse o povo Munduruku da velha
prática da política assistencialista. Em 2010, concretizando parte desse
arrojado projeto foi criada pela Gestão a SEMAI que é comandada pelo
indigenista Ivânio Alencar Nogueira com o apoio técnico do diretor de assuntos
indígenas Augusto Martins.
De acordo com informações de Ivânio Alencar, o Projeto Farinha Munduruku surgiu para buscar qualidade na fabricação da farinha de mandioca, atividade perpetuada pelos indígenas desde os seus antepassados. O secretário informa que o primeiro passo foi realizar oficinas de capacitação com técnicas modernas para garantir uma farinha de qualidade. “Nós não estamos ensinando os Munduruku a fabricarem farinha de mandioca, estamos sim, os capacitando para que seja ofertado no mercado um produto de qualidade”, informa Alencar. “Não basta ter uma farinha de cor bonita, bem torrada, sabor agradável com grãos de bom tamanho e uniformes. É importante ter os cuidados necessários com a higiene e preparo desse alimento”, reforça, acrescentando que o objetivo é de capacitar e aperfeiçoar a mão de obra comunitária, por meio de orientações teóricas e práticas, além de incentivar o trabalho em grupos.
De acordo com informações de Ivânio Alencar, o Projeto Farinha Munduruku surgiu para buscar qualidade na fabricação da farinha de mandioca, atividade perpetuada pelos indígenas desde os seus antepassados. O secretário informa que o primeiro passo foi realizar oficinas de capacitação com técnicas modernas para garantir uma farinha de qualidade. “Nós não estamos ensinando os Munduruku a fabricarem farinha de mandioca, estamos sim, os capacitando para que seja ofertado no mercado um produto de qualidade”, informa Alencar. “Não basta ter uma farinha de cor bonita, bem torrada, sabor agradável com grãos de bom tamanho e uniformes. É importante ter os cuidados necessários com a higiene e preparo desse alimento”, reforça, acrescentando que o objetivo é de capacitar e aperfeiçoar a mão de obra comunitária, por meio de orientações teóricas e práticas, além de incentivar o trabalho em grupos.
A força da mulher Munduruku na produção de uma boa Farinha
Salão da PMJ demonstração do produto |
A farinha Munduruku já alcançou o Estado do Amazonas e está sendo comercializada no município de Apuí naquele Estado. De acordo com informações de Ivânio Alencar, a prefeitura encaminhou à Fundação Banco do Brasil, projeto para construção de 100 kits farinheiras composto por um forno de 2 metros de diâmetro, motor com caititu, peneiras, caixas d’agua e uma prensa construída em madeira de lei (idealizada pela SEMAI).
“O projeto está em análise final junto à FBB na ordem de 668 mil reais e tão logo seja liberado o recurso estaremos atendendo 100 famílias previamente cadastradas”, disse o secretário.
“Graças
à coragem e visão do prefeito Raulien Queiroz em mudar o modelo de uma política
arcaica de assistencialismo que era prejudicial ao povo Munduruku para uma
política de autossustentabilidade, é que a SEMAI vem buscando melhorar as
condições do índio aldeado”, afirma Ivânio Alencar. Para ele, esse modelo de
política pública evita o êxodo rural, dando ao indígena oportunidades de crescer
dentro de suas aldeias, valorizando sua cultura e tradição e, melhorando sua
qualidade de vida. Texto
Nonato Silva/ASCOM-PMJ - Fotos:
Arquivo SEMAI- Reproduzid do Blog FARO FINO